Foto por: Alisson

Localizada no litoral Sul de Sergipe, a 68 km da capital Aracaju, a cidade de Estância é reconhecida e lembrada como a “Capital Brasileira do Barco de Fogo”. Limita-se ao Norte e Nordeste com o município de Itaporanga d'Ajuda; ao Leste e Sudeste com o Oceano Atlântico; ao Sul com o Estado da Bahia, ao Sudeste com os municípios de Indiaroba e Santa Luzia do Itanhy; ao Oeste com o município de Arauá e ao Nordeste com o município de Salgado.

Inserida no Polo Costa dos Coqueirais, Estância, “Jardim de Sergipe”, assim como foi denominada por D. Pedro II teve seu primeiro povoamento em 1621, e possui hoje uma população estimada em 65.078 habitantes (Dados IBGE 2022). Considerada uma cidade litorânea e ribeirinha, contém a Lagoa dos Tambaquis e Praia do Saco como atrativos mais visitados pelos turistas.

Além dos atrativos naturais, Estância apresenta diversas atrações históricas e culturais, através dos seus sobrados de azulejos portugueses no Centro Histórico, dos folguedos, da apresentação das escolas de samba no Carnaval, das manifestações culturais como a Batucada e o Majestoso Barco de Fogo, este último Patrimônio Imaterial do Município. Todas essas manifestações fazem de Estância o Berço da Cultura Sergipana.

 


Não deixe também de conhecer a história de Jorge Amado na cidade. O pai do escritor Jorge Amado, o coronel João Amado de Faria (1880 - 1962), era sergipano, de Estância, filho de José Amado, também sergipano. Jorge Amado manteve laços familiares com primos e avós em Estância (SE) e no litoral norte da Bahia, a exemplo do povoado Mangue Seco (Jandaíra), onde passava temporadas. O primo dele, Gilberto Amado, também fez história na cidade sergipana.

O escritor baiano exilou-se em terras sergipanas, por sua ligação com a Intentona Comunista, durante o regime de Getúlio Vargas, onde viveu o período de 1936 a 1939, mais uma vez, na cidade de Estância. Nas terras estancianas, a Papelaria Modelo, a Sociedade Monsenhor Silveira e o Hotel Vitória tiveram  papel  importante em sua vida. Neste último, Jorge Amado residiu durante algum tempo e com seus proprietários estabeleceu uma relação quase que familiar.

Há pesquisas que ressaltam a importância da passagem por Sergipe, em suas obras,  e confirmam que o período foi o mais auspicioso do escritor, quando escreveu parte de Capitães de Areia e Mar Morto, além de trazer personagens que povoaram alguns dos seus livros, como Gabriela, Tereza Batista e Tieta do Agreste.