Foto por: Alisson

Localizada no litoral Sul de Sergipe, a 68 km da capital Aracaju, a cidade de Estância é reconhecida e lembrada como a “Capital Brasileira do Barco de Fogo”. Limita-se ao Norte e Nordeste com o município de Itaporanga d'Ajuda; ao Leste e Sudeste com o Oceano Atlântico; ao Sul com o Estado da Bahia, ao Sudeste com os municípios de Indiaroba e Santa Luzia do Itanhy; ao Oeste com o município de Arauá e ao Nordeste com o município de Salgado.

Inserida no Polo Costa dos Coqueirais, Estância, “Jardim de Sergipe”, assim como foi denominada por D. Pedro II teve seu primeiro povoamento em 1621, e possui hoje uma população estimada em 65.078 habitantes (Dados IBGE 2022). Considerada uma cidade litorânea e ribeirinha, contém a Lagoa dos Tambaquis e Praia do Saco como atrativos mais visitados pelos turistas.

Além dos atrativos naturais, Estância apresenta diversas atrações históricas e culturais, através dos seus sobrados de azulejos portugueses no Centro Histórico, dos folguedos, da apresentação das escolas de samba no Carnaval, das manifestações culturais como a Batucada e o Majestoso Barco de Fogo, este último Patrimônio Imaterial do Município. Todas essas manifestações fazem de Estância o Berço da Cultura Sergipana.

 


Foto por: Gileu Neto

Sobrado na Praça Barão do Rio Branco

Foto por: Gileu Neto

Edificação em estilo colonial. Possivelmente serviu de sede ao Clube Republicano de Estância, primeira agremiação do gênero em Sergipe. É possível, ainda, que tenha servido para o pernoite de parte da comitiva do Imperador D. Pedro II, em sua visita à Estância em 1860. Imóvel tombado pelo IPHAN em julho de 1962.

Azulejaria portuguesa

Foto por: Gileu Neto

Conjunto de sobrados situados, predominantemente, na Rua Capitão Salomão, e em sua maioria datados do início do século XIX. Pertenciam, na época, a senhores de engenho da região e comerciantes lusos, grupos que trouxeram de Salvador a arte de azulejar para embelezar as fachadas de suas residências. O tombamento dos azulejos data do final da década de 1990 e realizado pelo Conselho Estadual de Cultura.

Igreja Nossa Senhora do Rosário

Foto por: Gileu Neto

 

Templo construído pela Irmandade do Rosário dos Homens Pretos. Sua construção data de meados do século XVIII, sendo apenas finalizada na primeira metade do século XIX. Conserva, mais que a Catedral, elementos de sua arquitetura original, fato que motivou seu tombamento pelo poder público estadual no início dos anos 2000, tendo destaque para os seus altares laterais e suas obras de talha banhadas a ouro. A sua arquitetura religiosa é datada da segunda metade do século XIX, e passou por duas reformas no século XX.

Catedral de Nossa Senhora de Guadalupe

Foto por: Gileu Neto

Catedral Diocesana de Estância. As notícias mais antigas relativas ao templo datam do século XVII, originalmente em estilo jesuítico e possivelmente finalizado em meados do século XVIII. Por conta das inúmeras reformas pelas quais passou, foi amplamente descaracterizado. Por lei municipal, a igreja é considerada Patrimônio Histórico de Estância, e uma das sete maravilhas da cidade.

Bairro Porto D'Areia

Foto por: Gileu Neto

Comunidade remanescente de quilombo e berço do primeiro diplomata negro do Brasil, Raymundo de Souza Dantas (1923-2002). Durante boa parte da história da cidade, o Porto foi a  única via de escoamento de produtos e movimentação de pessoas da Estância, fato esse que só mudou em 1920, com a construção da estrada de rodagem Estância – Salgado. Os inúmeros trapiches apresentam-se como registro dessa história, sendo também o complexo turístico uma das sete maravilhas de Estância.

Vila Operária da Fábrica Santa Cruz

Foto por: Gileu Neto

Conjunto arquitetônico ligado à antiga Fábrica Santa Cruz, estabelecimento fabril fundado por portugueses, em 1891. Inicialmente, contemplava apenas a sede da fábrica e as casas da Avenida Santa Cruz, no entanto, quando a administração da fábrica passa para Dr° de Júlio Cesar Leite, ocorre a ampliação dos espaços com a construção de quadra, cinema, biblioteca, campo, salão de jogos, escolas e posto médico. Configura ao típico padrão de arquitetura operária muito comum em outras cidades brasileiras do período, e hoje é uma das sete maravilhas de Estância.

Coretos

Foto por: Gileu Neto

De origem europeia, trazida de Portugal, os coretos foram palcos de grandes eventos em Estância, sejam pronunciamentos e atos públicos, apresentações das filarmônicas, em especial, da Lira Carlos Gomes, fundada em 1889, dentre outros.

Praça Barão do Rio Branco

Foto por: Gileu Neto

 

Praça marco da cidade e ponto de encontro de várias gerações. Foi inaugurada em 1938, onde nessa ocasião estiveram presentes o escritor baiano Jorge Amado e o interventor Eronildes de Carvalho.

Praça Orlando Gomes (Antigo Jardim Velho)

Foto por: Gileu Neto

 

Inaugurada em 1931, foi palco de retretas e de grandes eventos e lazer, destacando-se por suas grandes e abundantes árvores de oiti. Compareceu em sua cerimônia festiva na ocasião, o interventor Augusto Maynard Gomes, hoje requalificada.

Bairro Jardim

Foto por: Gileu Neto

De vocação industrial, margeado pelo Rio Piauitinga, é onde fica localizada a ponte D. Pedro II, conhecida popularmente como ponte do Bomfim. O bairro destaca-se pela histórica fábrica de tecido Senhor do Bomfim, e suas famosas festas religiosas ao glorioso Senhor do Bomfim, padroeiro do bairro.